segunda-feira, 7 de julho de 2008

Riscos jurídicos escondidos

A revista ValorInveste traz reportagem sobre o impacto das decisões do Supremo Tribunal Federal na cotação das ações das empresas envolvidas direta ou indiretamente em litígios decididos pelo Tribunal. (riscos jurídicos escondidos, n. 19, julho/2008).

Segundo a reportagem, a decisão do STF que proibiu o uso de amianto teve um impacto negativo na cotação das ações da Eternit de 35% (empresa envolvida indiretamente com a demanda já que o amianto era sua principal matéria-prima). A empresa detinha boa reputação no mercado em razão de sua governança corporativa. Em 2007 a Eternit teve um resultado de venda líquida do produto na ordem de R$ 44,5 milhões. A empresa estuda agora um plano B para substituir o amianto, por fibra de polipropileno (PP) ou álcool de polivinila (PVA), o que vai gerar aumento de custos e demandar novos investimentos.

O caso amianto demonstrou a fragilidade das companhias diante de decisões judiciais e colocou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em alerta. O órgão regulador estuda o caso e levanta a possibilidade de alterar as regras de contabilização de causas judiciais, que hoje só obrigam a empresa a informar dados no balanço quando ela é parte no processo. A medida visa permitir uma análise criteriosa dos riscos e facilitar o investimento.

Veja abaixo o exemplo de outras companhias abertas envolvidas, direta ou indiretamente, em demandas no STF e que tiveram impacto na cotação das ações.


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