A "Folha de São Paulo" publica a seguinte notícia em 10 de outubro de 2008. Destaque-se a maioria do colegiado (nomeados por Bush) do Tribunal de Circuito Federal que suspendeu a libertação dos chineses.
Um tribunal de apelação dos EUA acatou o pedido do governo americano e bloqueou temporariamente a libertação dos 17 chineses muçulmanos presos na base de Guantánamo, em Cuba, ordenada por um juiz federal na última terça-feira. Ambas as partes têm agora até o dia 16 para apresentar à Corte os argumentos pró e contra a manutenção dos prisioneiros.Os chineses, da minoria uigur -etnia de origem túrcica e residente na região autônoma de Xinjiang, extremo oeste da China-, foram capturados em 2001 no Afeganistão pelo Paquistão e entregues aos EUA. Em 2004, foram liberados das acusações, mas permanecem na base, segundo Washington, por não terem para onde ir.Na terça, o juiz Ricardo Urbina determinou que eles fossem libertados e apresentados em sua sala de audiências, nos EUA, até hoje pela manhã. Com base em decisão de junho da Suprema Corte americana, que permitiu o acesso à Justiça civil aos suspeitos de terrorismo, Urbina alegou que os chineses não poderiam permanecer presos sem acusações formais.Na quarta, o Departamento de Justiça entrou com o pedido de suspensão temporária da decisão, logo acatado por um conselho formado por três juízes -dois indicados pelo presidente George W. Bush e um, por Bill Clinton (1993-2001). A Corte ressaltou, no entanto, que o mérito da questão só será julgado após o próximo dia 16.A China, que reivindica junto ao governo americano a repatriação dos prisioneiros, defendeu-se das acusações de que poderia submetê-los a tortura -os uigures são acusados por Pequim de fomentar o separatismo. "A China é um país sob a lei, e as autoridades proíbem a tortura", disse o porta-voz da Chancelaria, Qin Gang.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
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