A última obra de Pierre Ronsavallon

A última obra de Pierre Rosanvallon merecedora de leitura e reflexão"La légitimité démocratique, impartialité, réflexiivté, proximité "(Paris: Éditions Seuil. 2008) não se destaca pelo sentido de uma defesa da "democracia interativa", de "proximidade" e de suas críticas aos possíveis desvios de uma "democracia impolitica", de uma "democracia apolitica"nesse início do século XXI. Não se destaca, também, apenas pelos créditos dados pelo autor para A. Honneth com a idéia de "reconnaissance" para delimitar o processo social nos dias de hoje. Esses aspectos são o lado francês do autor para marcar sua presença no debate democrático. Embora, nesse ponto, não se pode desconhecer que ele utiliza muito a bibliografia americana. O importante que, no meio do seu pensamento contido em mais de 300 páginas, a obra mostra como Rosanvallon dá relvância ao peso institucional da constituição como é, aliás, configurado no debate político-constitucional americano. O pensador francês discute e domina toda literatura nessa perspctiva representada por estudiosos como Dworkin, Larry Kramer, Waldron entre outros. Reconhece os seus méritos mas demonstra como as insuficiências em termos de uma propositura de uma saída democrática. Valoriza Rosanvallon, ainda, o papel da jurisdiçao constitucional notadamente representada pela experiência estadunidense. É a literatura francesa curvando-se aos EEUU!.Quando o autor destacado nesse resumo aborda a questão da "democracia de proximidade" apontando para os perigos da "impolitica", ou da "apolitica", ele usa obras de pesquisas norte-americanos mostrando que, nessa crise da política em geral, o poder executivo americano e a sua Corte Suprema são mais "reconhecidos" devido "a sua unidade de ação". Leiam Rosanvallon! Prof ribas