terça-feira, 4 de outubro de 2011
`Peluso e CNJ
> Poderes do CNJ serão mantidos, diz Peluso
> Por Juliano Basile | De Brasília
>
>
> Ampliar imagemPeluso: “Eu não tenho nada contra ela (a corregedora Eliana
> Calmon) ou contra o trabalho dela. Eu separo as coisas muito bem. Não
> tenho ressentimentos”
> Se o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a resolução do Conselho
> Nacional de Justiça (CNJ) que fixou procedimentos para punir juízes, o
> presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, vai ingressar imediatamente
> com um projeto de lei no Congresso para restabelecê-los.
>
> A afirmação é do próprio Peluso, que está indignado com as alegações de
> que seria corporativista e contrário ao CNJ. Ele acredita que estão
> tentando intimidá-lo, antes do julgamento do STF que vai definir a
> validade das regras do Conselho.
>
> O julgamento foi adiado, na quarta-feira, após o CNJ divulgar nota de
> repúdio às declarações da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana
> Calmon, de que há "ladrões de toga".
>
> Peluso disse que não tem nada contra a ministra e que quer ampliar o CNJ
> para cumprir essa função de ir aos Estados onde as corregedorias não
> funcionam.
>
> Por outro lado, ele entende que o CNJ não pode pegar os casos de juízes
> envolvidos em irregularidades de imediato, senão as corregedorias vão
> parar de funcionar de uma vez, pois vão pensar que não precisam fazer nada
> já que o CNJ é que faz.
>
> "Não há nenhuma postura minha no CNJ ou no STF que alguém possa dizer que
> foi corporativa"
> O presidente do STF confirmou que a ausência de dois ministros está
> impedindo a Corte de fazer o julgamento de grandes questões, como a
> validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições do ano que vem, as cotas
> para negros em universidades e a possibilidade de aborto de fetos sem
> cérebro. Ele contou que o problema com o ministro Joaquim Barbosa é de
> fato grave e revelou que não teve qualquer indicação da presidente Dilma
> Rousseff a respeito da ministra que vai substituir Ellen Gracie no STF.
> Como esses casos são polêmicos e podem empatar, o ministro não vai
> colocá-los em pauta até que seja feita a indicação da nova ministra do
> Supremo.
>
> O ministro avaliou que o pedido de reajuste dos juízes se misturou com o
> debate do CNJ, o que prejudicou ambas as questões. Ele disse que não seria
> irresponsável a ponto de enviar pedido de aumento salarial para o
> Congresso em momento de crise fiscal. "Isso está lá desde 2009."
>
> A seguir os principais trechos da entrevista.
>
> Valor: A nota de repúdio às declarações da ministra Eliana foi uma ideia
> do senhor?
>
> Cezar Peluso: A reação foi de todo o Conselho. Não foi particular minha.
> Ela foi unânime. Foi contra o que o CNJ reportou como um excesso. Isso não
> tem nada a ver com a questão que está sendo objeto de polêmica: a posição
> do Judiciário em relação às funções do CNJ e ao modo de conceber a
> apuração de desvios funcionais.
>
> Valor: O julgamento do STF foi adiado por causa da tensão que se seguiu à
> nota de repúdio às declarações da ministra Eliana?
>
> Peluso: Estão tentando ligar as duas coisas com o fim de atribuir aos
> ministros do STF a mim e à magistratura uma atitude e um espírito
> corporativo, como se fôssemos contrários à apuração e punição de desvios
> que reconhecemos que existem. Eu jamais fiz qualquer afirmação de que sou
> contrário à apuração ou punição dos desvios funcionais.
>
> Valor: Mas o senhor se contrapôs à ministra Eliana.
>
> Peluso: O que me surpreende é que de um modo ou de outro as pessoas
> estejam tentando me impingir essa pecha de corporativista. Essa tentativa
> não encontra fundamento em nenhum ato meu. Tenho 44 anos de magistratura e
> ninguém é capaz de apontar um comportamento meu na vida pública ou
> particular que pusesse em risco o prestígio da magistratura. Sempre tive
> comportamento para honrar a instituição. Essa tentativa de me caracterizar
> como corporativista é desmentida pela história.
>
> Valor: O senhor já puniu juízes?
>
> Peluso: Ninguém é capaz de dizer que foi mais enérgico, rigoroso e
> eficiente no combate aos desvios funcionais do que eu. Fui juiz da
> Corregedoria durante dois anos do Tribunal de Justiça de São Paulo. Eu
> preparei mais de duas dezenas de processo contra juízes dos quais
> resultaram várias punições e nove casos de desligamento da magistratura.
> Em dois casos, as penas foram cumpridas pelos juízes em presídio.
>
> "Uma suspeita contra magistrado, ainda que se revele infundada, acaba com
> a imagem do juiz"
> Valor: E no STF, já determinou punições a juízes?
>
> Peluso: No STF, eu fui relator da supervisão do inquérito contra um
> ministro do STJ e juízes de tribunais federais. A denúncia foi recebida
> com base num longo voto meu que serviu de fundamento para que o CNJ
> aplicasse a pena a todos eles de aposentadoria compulsória. Essas punições
> de certo modo são obra minha, pois o CNJ não acrescentou nenhum outro dado
> a essa medida.
>
> Valor: E na presidência do CNJ, o senhor puniu juízes?
>
> Peluso: Tenho sido um dos conselheiros mais rigorosos na aplicação de
> penas aos magistrados. Na ultima sessão, votei a favor da instauração de
> procedimento administrativo contra uma ex-presidente do TJ de Tocantins.
> Votei a favor da manutenção da pena de um juiz de São Paulo acusado de
> descumprir decisão do TJ e o CNJ inteirinho me acompanhou. Portanto, não
> há nenhuma postura minha no CNJ ou no STF que alguém possa dizer que foi
> corporativa.
>
> Valor: Ao contestar a declaração de Eliana de que há ladrões de toga, o
> CNJ está dizendo que esse problema não existe?
>
> Peluso: Não. Pelo contrário. Somos frontalmente contrários a qualquer
> atitude de magistrados que desprestigie a função. Exigimos apuração e
> punição rigorosa, guardadas as garantias constitucionais e legais.
>
> Valor: Mas, ao se contrapor a ela, ficou essa impressão de que o CNJ está
> contra punições?
>
> Peluso: Nenhuma intenção neste sentido passou pela cabeça de nenhum
> conselheiro. Estão insinuando corporativismo, mas quem deu vida ao CNJ foi
> meu voto como relator, em 2005, da ação que reconheceu a
> constitucionalidade do Conselho. Dois ministros do STF me disseram que
> mudaram o ponto de vista diante do teor de meu voto. O professor Joaquim
> Falcão, que foi conselheiro, disse publicamente que eu salvei o CNJ.
>
> Valor: Como as investigações devem ser feitas: pelas corregedorias locais
> ou pelo CNJ?
>
> Peluso: Essa questão não tem nada a ver com a nota que, para mim, é um
> caso pontual que se esgotou. Temos uma questão jurídico-constitucional de
> interpretação sobre o alcance das competências do CNJ. Nessa matéria, o
> que se discute são as competências concorrentes ou subsidiárias do
> Conselho. Eu jamais fiz qualquer afirmação sobre essa questão. Quem a
> suscitou foi o ministro Celso de Mello na concessão de uma liminar que
> ainda não foi apreciada [que suspendeu decisão do CNJ]. Mas, estão me
> atribuindo, como se eu fosse o autor dessa ideia.
>
> Valor: Estão antecipando o seu voto?
>
> Peluso: Exatamente. Estão tentando me comprometer, me intimidar na solução
> de uma questão jurídico-constitucional que os ministros do STF vão decidir
> e eu não sei como.
>
> Valor: O STF vai chegar a uma solução de consenso para permitir as
> investigações do CNJ em determinadas condições?
>
> Peluso: Como é que eu vou saber o que os ministros vão dizer? O objeto da
> ação é a legalidade da Resolução nº 135 do CNJ que estabeleceu normas de
> procedimento disciplinar. Tentar prever ou antecipar a postura dos
> ministros, me perdoe, mas é um exercício de profecia.
>
> Valor: Se o STF derrubar essa resolução, o CNJ vai perder o poder de
> investigação?
>
> Peluso: Se isso acontecer, eu encaminho para o Legislativo imediatamente
> um projeto de lei com as normas de procedimentos administrativos. E ainda
> há a possibilidade de aplicarmos, por analogia, a lei que disciplina os
> procedimentos de agentes federais. Não ficaremos sem procedimentos de
> apuração sobre desvios de magistrados.
>
> Valor: Se as corregedorias locais não atuarem corretamente, o CNJ pode
> intervir?
>
> Peluso: Se as corregedorias são ineficientes, não funcionam, não apuram
> como devem, o CNJ tem que apurar as responsabilidades dos corregedores e
> dos membros dos tribunais encarregados de apurar e punir os atos de
> corrupção e de indisciplina na magistratura. Portanto, eu insisto na
> necessidade de ampliar a ação do CNJ sobre as corregedorias e sobre os
> órgãos dos tribunais. Se o CNJ não tomar essa atitude temos várias
> consequências danosas de ordem prática.
>
> Valor: Quase seriam?
>
> Peluso: Primeiro, deixa-se de apurar uma classe grave de irregularidade
> funcional. Segundo, corre-se o risco de instituir um princípio de
> negligência desses órgãos. Eles podem começar a pensar que: "Não preciso
> agir, pois o CNJ está fazendo". Isso seria terrível. Seria instituir como
> conveniente uma omissão grave do ponto de vista disciplinar. Terceiro, se
> o CNJ assumir o encargo de processar todas as denúncias que receber, em
> pouco tempo ele vai se inviabilizar no seu funcionamento prático, tal como
> acontece com outros tribunais e no STF, onde há uma avalanche tal de
> serviço que as causas demoram longos anos para serem resolvidas. O CNJ
> funciona, hoje, muito bem e rapidamente porque tem poucas causas para
> decidir. Então, eu não consigo entender como essa minha posição pode ser
> considerada como corporativista.
>
> Valor: Hoje, o senhor preside o CNJ, então, porque as corregedorias não
> funcionam a contento? Isso seria função da ministra Eliana, que é a
> corregedora nacional?
>
> Peluso: Eu acho que o CNJ deve decidir caso a caso. É preciso dar uma
> atenção particular às corregedorias, sem excluir a atuação do CNJ. É para
> isso que eu chamo a atenção sobre a omissão, desídia, complacência e até
> cumplicidade dos corregedores e dos membros dos tribunais quando da
> necessidade de apuração das denúncias que chegam a eles em primeiro lugar.
> Essa posição que eu sustento não tem nada a ver com a polêmica de hoje. Eu
> fico estupefato com os termos que ela está tomando.
>
> Valor: Mas a sociedade não entendeu como será feita a apuração sobre os
> juízes. O senhor pretende conversar com a ministra, com os conselheiros
> para definir isso?
>
> Peluso: Sim. Que todos os membros do CNJ percebam a importância desse
> enfoque.
>
> Valor: Como está a sua relação com a ministra Eliana?
>
> Peluso: Eu não tenho nada contra ela ou contra o trabalho dela. Ela coloca
> os processos dela em pauta e eu nunca apontei qualquer restrição. Mandei
> até alguns magistrados num mutirão no TRF de São Paulo, de acordo com um
> pedido dela. Um ministro negou porque não tinha condições materiais e eu
> determinei o pagamento da diária dos juízes. Eu separo as coisas muito
> bem. Não tenho ressentimentos.
>
> Valor: O CNJ fez mutirões nos presídios, Estado por Estado. É isso que
> deve ser feito nas corregedorias?
>
> Peluso: Não sei se é mutirão ou outro método. Mas temos que tomar alguma
> atitude em relação a isso e controlar como é que as corregedorias locais
> estão conduzindo as apurações das denúncias. Temos de saber se estão sendo
> rápidas ou não, se são complacentes ou não com as irregularidades.
>
> Valor: Mas isso deve ser feito pelo senhor ou pela ministra Eliana?
>
> Peluso: De acordo com as competências do CNJ. À Corregedoria Nacional é
> que compete fiscalizar como os corregedores locais estão atuando.
>
> Valor: O senhor defenderia um mutirão?
>
> Peluso: Se chegarmos à conclusão de que é preciso fazer um mutirão com
> relação aos procedimentos que estão pendentes nos tribunais locais, eu
> apoiaria imediatamente. É claro que isso não seria feito no país inteiro
> porque não há condições materiais para isso, mas podemos escolher os
> tribunais em que há noticias de casos mais graves.
>
> Valor: Há Estados em que o processo contra o magistrado é distribuído para
> ele julgar.
>
> Peluso: Isso é um despropósito. É uma coisa inaceitável. Isso deve ser
> objeto de uma providência imediata do CNJ.
>
> Valor: Há casos que estão há mais de sete anos sem apuração.
>
> Peluso: Avoca-se esse processos. Avoca-se todos que estão em duração além
> do razoável. O CNJ avoca o processo e também tem que apurar porque é que
> demorou.
>
> Valor: Por quanto tempo seria aceitável demorar um processo contra juiz?
>
> Peluso: Depende da natureza dos fatos. Há fatos que são demonstrados com
> documentos nos autos, de atos praticados dentro de processo e não pode
> demorar mais do que 60 dias. Mas, há outros que envolvem testemunhas e o
> prazo deve ser um pouco maior. Há fatos que podem depender de prova
> pericial e aí demora um pouco mais.
>
> Valor: Haveria um limite, como dois anos? O processo envolvendo um
> ministro do STJ que o senhor atuou demorou um ano e era bastante complexo.
>
> Peluso: Era um caso gravíssimo, mas foi conduzido por uma equipe
> inteirinha da PF e demorou um ano para apurar. Depende muito da natureza
> do fato, mas é fácil para o CNJ perceber se a duração foi justificada ou
> não. E deve-se punir quem foi o responsável pela demora. O que há de
> irrazoável ou de corporativista nisso?
>
> Valor: Mas quem entrou com a ação questionando as investigações contra
> juízes foi uma associação de magistrados.
>
> Peluso: Não. A ação dos juízes é contra uma resolução do CNJ que
> disciplinou os processos administrativos. A alegação é a de que o CNJ não
> teria competência normativa para estabelecer por resolução normas de
> procedimentos disciplinares, de que isso teria que ser objeto de lei no
> sentido formal. É esse o objeto da ação. Não é contra punições a juízes.
>
> Valor: A pauta atual dos juízes não está favorecendo o corporativismo? Os
> juízes estão defendendo um reajuste e criticando normas de apuração de
> desvios?
>
> Peluso: Eu acho que os assuntos foram misturados. O reajuste não é só dos
> juízes. É dos servidores federais. Na verdade, criou-se uma polêmica para
> além dos limites da questão. A troco de quê?
>
> Valor: Foi mesmo necessário pedir reajuste de R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil
> nos salários do STF em meio a uma crise financeira internacional?
>
> Peluso: O STF não inventou com irresponsabilidade uma proposta de plano de
> carreira numa época de crise. Isso está no Congresso desde 2009. É algo
> que poderia ter sido resolvido muito antes da crise, assim como se
> resolveram vários problemas de aumento de funcionalismo nos últimos dois
> anos não apenas no Congresso, mas também no Executivo.
>
> Valor: O Judiciário já levantou pautas contra o nepotismo e de apuração de
> seus problemas internos, como a própria criação do CNJ. Hoje, o Judiciário
> está querendo aumento de salários e a revisão de sistemas de punição a
> juízes.
>
> Peluso: Eu não me lembro de ter visto ou ouvido em lugar nenhum juízes
> reclamando contra as punições do CNJ. O que eu sei é que alguns punidos,
> usando de um direito constitucional, vieram ao STF reclamando contra a sua
> punição. Mas, eu não vi ninguém defendendo teses ou fazendo propaganda
> contra as punições do CNJ.
>
> Valor: Mas, o STF está suspendendo algumas punições, não?
>
> Peluso: Pode até estar suspendendo algumas punições, mas é preciso
> examinar porque está fazendo isso.
>
> Valor: E por que está fazendo isso?
>
> Peluso: Depende da opinião de cada ministro sobre onde está a falha nos
> procedimentos. Uma coisa precisa ficar clara: não se pode negar aos juízes
> as garantias que eles têm a obrigação de guardar em relação aos
> jurisdicionados.
>
> Valor: O senhor defende que as investigações contra juízes sejam feitas
> sob sigilo. Por quê?
>
> Peluso: O que o ministro Ari Pargendler diz é pura verdade: uma suspeita
> contra magistrado, ainda que se revele infundada, acaba com a imagem do
> juiz e de certo modo acaba até com a vida social dele. Em outras áreas ou
> profissões, isso pode até ser tolerável mas, para quem exerce essa função
> delicada de julgar os outros, não pode pairar nenhuma duvida sobre a sua
> honorabilidade. Uma suspeita infundada é desastrosa para o magistrado
> inocente. Ele fica com sua vida profissional comprometida. Por isso é que
> se exige cuidado. Não tem nada a ver com o rigor que todos devemos ter em
> relação à necessidade das punições contra quem é culpado.
>
> Valor: No Congresso tramita um projeto para aumentar o número de
> conselheiros do CNJ e outro que cria uma comissão de desembargadores para
> fazer triagem dos processos que chegam ao conselho. O senhor apoia essas
> medidas?
>
> Peluso: Nenhum deles foi de minha inspiração. O Congresso tem sabedoria
> para saber se aprova ou não.
>
> Valor: O senhor não é contrário? Esses projetos não vão enfraquecer o CNJ?
>
> Peluso: Eu deixo ao Congresso a decisão de definir. Não ando pelo
> Congresso fazendo campanha nem a favor nem contra.
>
> Valor: O senhor diz isso pela sua posição de juiz que não pode antecipar
> posição sobre as leis pois pode ter que julgá-las depois?
>
> Peluso: Vou te responder de outra maneira. Se eu achasse que a composição
> do CNJ precisasse ser mudada, tomaria a iniciativa de enviar um projeto.
> Mas não o fiz.
>
> Valor: O julgamento de grandes questões, como a Lei da Ficha Limpa, está
> prejudicado pela ausência do ministro Joaquim Barbosa e da vaga aberta com
> a aposentadoria de Ellen Gracie. Existe algum processo relevante que pode
> ser votado nesse período de ausências?
>
> Peluso: Não. Os casos mais sensíveis devem estar com a composição plena.
> Senão, dá empate, desprestigia a decisão do STF e deixa a sociedade ainda
> mais insegura. Teremos que aguardar um pouco mais.
>
> Valor: O ministro Joaquim está voltando em breve?
>
> Peluso: Não tenho nenhum elemento que me permita dizer que está voltando
> em breve. O caso dele é sério. Não é fingimento, não. É problema sério.
>
> Valor: E a Presidência da República deu alguma indicação de quando fará a
> indicação de uma nova ministra para a vaga de Ellen?
>
> Peluso: Nenhuma. Não tive nenhum sinal de que será hoje, amanhã ou depois.
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